Isto pode soar um tanto quanto clichê para alguns, mas para mim é a grade realidade, a vida é uma grande, continua e inacabável peça de teatro chamada “O Grande baile de Máscaras”. É uma peça com um elenco extremamente grande e versátil, onde todos interpretam mocinho, vilão, ajudantes, papéis secundários, e por ai vai, inúmeros são os papéis a serem interpretados. Além do gigantesco elenco, a vida é uma peça extremamente contraditória, onde todos interpretam obsessivamente, acreditando serem donos da verdade, e que a sua interpretação nunca irá acabar, mas de uma hora para outra, ela acaba.
A peça é livre, cada faz o que bem entender, não tem roteiro, não tem diretor, apenas a sua consciência para guiar seus atos, a única regra, é que todos usem máscaras. A máscara é uma forma de defesa, onde por de baixo dela, escondemos e renegamos os nossos sentimentos, nossos medos, angústias, preconceitos, orgulhos, amor. Tudo que sentimos é escondido, e com a máscara encenamos alguém diferente. Somos “políticos” com os colegas, interpretamos “N” papéis diferentes na sociedade, o cara que durante a noite é um pai excessivamente amoroso, durante o dia pode ser um bandido extremamente perigoso. Nunca se sabe.
Usar uma máscara para disfarçar o caráter e as emoções de cada um seria o plano perfeito, porém, para toda regra existe uma exceção, e em uma máscara, existe a falha que nos permite enxergar todos os nossos olhares.
“Os olhos são a janela da alma”, um olhar vale mais do que mil palavras. Um olhar transforma todo esse teatro em vida real, revela o quão frágil as pessoas são. Um olhar mostra a verdade, não adianta máscaras, um olhar mostra como a vida é.
Nenhum comentário:
Postar um comentário